Here they are: The Jonas Brothers

“Domingo é dia de alegria, vamos sorrir e cantar”…com os JoBros. Crédito: naodiga.com

fanatismo
fa.na.tis.mo
sm (fanáti(co)+ismo) 1 Excessivo zelo
religioso. 2 Facciosismo, partidarismo. 3 Dedicação excessiva a
alguém,
ou a alguma coisa; paixão
. 4 Adesão cega a uma doutrina ou
sistema.

histeria
his.te.ri.a
sf (hístero+ia1) 1 Med Psiconeurose que se observa principalmente
nas mulheres e se
caracteriza por falta de controle de atos e emoções
e
por grande
variedade de outros sintomas que muitas vezes simulam doenças
orgânicas
(supunha-se que tinha origem no útero). 2 Índole caprichosa ou
desequilibrada. Var: histerismo.

Essas duas palavras se as suas definições traduzem a minha tarde de ontem no estádio do Morumbi. Sim, fui ver o show dos Jonas Brothers. Afilhados da Disney e deslocadores de multidoes, os meninos fizeram sua última apresentação na América Latina na tarde de ontem. E eu nunca tinha visto coisa parecida.
No começo da semana, quando desembarcaram no Peru, a situação já era impressionante. Milhares de meninas se aglomerando na porta do hotel, esperando um aceno ou uma simples aparição dos Jonas.
E isso se repetiu no Chile, Argentina até chegar ao Brasil.
Nosso país é de especial lembrança para o grupo, já que a babá deles era brasileira e os ensinou a gostar de pão de queijo e coxinha desde pequenos. Pena que a babá foi despedida – talvez por imigração ilegal (brinks) – e o único jeito deles entrarem em contato com essas iguarias era vindo para o Brasil. Enquanto outras bandas falam que a primeira coisa que querem experimentar é a “caipirinha”, os Jonas nem tocaram no assunto, apesar de dois dos integrantes, Kevin e Joe, já poderem beber legalmente aqui. Isso só prova a boa indole dos garotos. Protestantes, não tem nenhum vício, – pelo menos não declarado – usam o anel de castidade e são orientados a não falar sobre a vida pessoal. São bons garotos.
Talvez seja isso que atraia tantas fãs para a banda. O misto de moços tímidos com sexualidade explícita (já que os meninos são atraentes, não tem como negar) fazem com que eles se tornem o sucesso “engana mamãe”. Tanto que no show haviam desde crianças de 05 anos, atraídas pelo sucesso dos moços em Camp Rock até adolescentes que declaravam para quem quissesse ouvir – ou não – que Kevin, Nick e Joe eram o amor das suas que vidas (mesmo que no sentido pueril e casto da palavra).
O fanatismo é tanto que já haviam pessoas que estavam dormindo na fila desde a sexta anterior ao dia do show. Eu cheguei ao Estádio no domingo, ao meio-dia, em gritos de protesto da minha irmã que queria ter chegado muito mais cedo. Depois dela encontrar as amiguinhas de forum dos JoBros, tudo acalmou. Passaram as duas horas antes de entrar no estádio cantando músicas e elegendo quem era o favorito deles.
Finalmente abrem os portões com meia hora de atraso. Mesmo com a classificação livre, os menores de 14 anos deveriam estar acompanhados de responsáveis maiores de 18 anos. Falei deveriam porque na hora da entrada, ninguém perguntou por identidade das meninas que eu estava acompanhando (todas menores de 14) ou quem estavam com elas. Ah, enfim. Nenhuma delas estava representando algum perigo para sociedade. Aliás, ninguém que estava lá dentro tinha algum plano suicida para justificar uma verificação de identidade tão intensiva. Mas ainda sim, deveria se ter um cuidado maior.
Sentamos na cadeira azul, que fica do lado esquerdo do palco. Dela, dava para ver todo o backstage. Descobri isso quando estava fazendo uma hora, indo ao banheiro e comprando alguma coisa para comer. Na hora que avisei isso para as meninas, todas saíram correndo para tentar pegar alguma coisa. O problema é que fizeram tanto barulho que alertaram a segurança do setor. Colocaram duas seguranças para não deixar que ninguém se aproximasse da área e a alegria de todo mundo acabou. No entanto, minha irmã jura ter visto os três Jobros almoçando no restaurante do Morumbi. Vou postar a foto comentada por ela, apesar de eu mesma não ter visto nada:

Neste post não cabe eu detalhar o show dos meninos, porque vocês já devem estar cansados de ler. O que resta escrever é que foi um show sem erros. Eles são muito bons. A única coisa que deixou a desejar foi o som. Porém isso é um carma em solo brasileiro, já os técnicos que acompanham os artistas parecem não conseguirem acertar o som de um jeito que fique satisfatório. Sempre está muito baixo ou muito agudo ou muito grave. Enfim.
Outra coisa que chama a atenção é atuação deles no palco. A platéia de São Paulo fez Kevin se emocionar, devido aos gritos (e lágrimas) da platéia de devoção aos meninos. No show do Rio, quem cedeu às lágrimas foi Nick, o mais novo da banda. Apesar disso, as marcações dos JoBros eram iguais ao da turnê toda, até mesmo as reações mais naturais, como aproximar da platéia pela plataforma. Percebo que muitos críticos recebem isso de maneira ruim. Não vejo por esse lado. Como qualquer show de artistas pop, o que acontece no palco não é de responsabilidade só deles, e sim de toda uma produção e aparelhagem que precisa ser respeitada. Por isso, as reações parecidas. Só que por serem uma banda de “rock” podem também experiementar uma certa espontaniedade que uma boy band dos anos 90, por ter que também dançar, não conseguiria. E com isso conseguiram os pontos altos da apresentação. Um deles foi o momento Flashdance, o qual Joe jogava água em si mesmo e depois chacoalhava o cabelo em direção a platéia (lembra do entretenimento “engana-mamãe” que eu disse antes…então *naughty thoughts mode on*) e quando o mesmo desceu do palco e se jogou no meio da pista (tenho certeza que os seguranças tiveram que distribuir alguns “tapinhas” para o pessoal o largar).

Olha o trio “gatcheeenho”. Crédito: Capricho.

Enfim, meu dia foi isso. Depois da espera de duas horas, devido ao trânsito, até meu pai nos resgatar da “jonaslandia”, cheguei em casa exausta com uma certeza: tô mais surda por causa dos gritos das meninas do que pelo som do show.

Uma resposta to “Here they are: The Jonas Brothers”

  1. aboutheadlines Says:

    Eles são lindinhos, mas não conseguiria aguentar a histeria (não que não tenha feito algo parecido, no alto dos meus 19 anos, durante o show do paramore…)
    Só acho maldade deixar o som ruim. Mas, como você disse, é carma do nosso amado país

Deixe um comentário